Atrás de cortinas
cerradas,
Deus sonhava que era
homem e ria.
Todo mundo, todo
medo, todo mito
esperava o seu início
na coxia.
Junto ao primeiro
ato, o verbo.
O início se confunde
com seu anúncio
e o primeiro ato,
então,
é reconhecer que a
peça começou.
Depois do primeiro
ato, segue a peça,
desenrolando-se como
o fio de uma vida...
Se o fim da peça é silêncio,
só o próprio fim dirá ou calará um
dia,
quando as cortinas se cerrarem, enterrando o sonho,
retornando o medo e o
mito à coxia.