sábado, 15 de janeiro de 2011

Promessa


Menino levado, me leva nos braços de um verso, nas asas de um beijo...
Não tenho muito, mas prometo tudo do pouco que tenho:
meu sonho, minha prece, meus erros...
Meu canto desafinado, meu coração inteiro!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Por poesia


Então vem, amor, deita aqui perto de mim... Me abraça.
Me ajuda a desvendar a manhã que vem com suas promessas...
Deita aqui sobre meu colo, não tenha pressa em levantar... Descansa.
Faz despertar o sol em teu sorriso...
Aos poucos nossa tamanha paixão nos levanta, nos ergue até o céu...
Até onde os sonhos nascem.
Então vem, amor, me ensina que o amor é mais forte que o medo
E mais profundo que qualquer ciúme ou vaidade.
Vem, amor, que sem ti fico pela metade...
Me mostra que em teu peito cabe a imensidão do verso... Do universo!
Vem, amor...
Que toda dor parece morrer em teus braços
E todo amor parece nascer de teus olhos...
Como por milagre...
Como por poesia!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aula


No início estava nervosa... Tão nervosa quanto na primeira vez que falei para a sala toda na escola... Tão nervosa quanto no meu primeiro seminário na universidade... Só não tão nervosa quanto no meu primeiro encontro com Ismael Alves (riso!). Muita pressão para meu coraçãozinho menino... Ver minha tia ali, prestando atenção no que eu dizia, anotando no caderno que trouxera... Minha tia! Aquela que é ao mesmo tempo um tanto mãe, um tanto ídolo... Que é um pedação de mim!
Mas outro sentimento foi se revelando, aos poucos, e vencendo o nervosismo: a vontade de conseguir passar aquilo para ela... E a felicidade que estar ali me proporcionava. E a cada pergunta que ela fazia, a cada resposta que ela me dava, a vontade de ensinar e a felicidade de poder ensinar aumentavam. E crescia em mim a certeza: sim, é isso que gosto de fazer, é isso que quero fazer!
Sim, poder vê-la exercitando, vencendo dificuldades, galgando etapas... Ah! Vai além do que eu possa escrever aqui – é maravilhoso! E sou grata a humildade dela em me deixar dar aula – eu que provavelmente, a seus olhos, nunca deixarei de ser a menina, a pequena que ela viu crescer. Admiro a disposição da minha tia... E agradeço.
Cada dia estou mais convencida da sabedoria das palavras de Cora Coralina:
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Poema



Me guarda bem, meu bem, nos teus abraços. É que tenho medo...
Tenho medo das coisas mais bobas, eu sei, mas quem não tem?

Me leva sempre que puder como o teu filho.
Canta desafinada uma canção de amor.

Desliga a TV e abre a garrafa de vinho.
Quer ajuda pra preparar o jantar?

Temos tanta coisa pra falar...
Você me conta como foi seu dia...

É que hoje eu descobri que a gente é passageiro nessa vida.
E que todo tempo é pouco quando a gente para pra pensar...

E pra dizer que ama.
E eu te amo, bem.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sopro e vento. Um barco rumo...


Que o teu cheiro invada a minha casa. E que você,
ao entrar em minha vida, usurpe de mim todo o amor guardado em meu peito.
Pois meu amor, assim, desprevenido, cairá nu entre os teus braços
E os meus beijos estarão entregues aos teus.

Mas quando roubardes do meu primeiro beijo, meu bem, por favor, 

Não te apresses... E nem te desesperes: tenha toda a paciência do mundo.
Pois meu amor ainda precisa se sentir seguro pra se entregar pros teus ensejos.
Mas dos meus lábios, enfermos por teus beijos, ó, esses leve-os; beba-os.

E quando um dia vieres a libido seminua,
Não digas nada e até me impeça de dizê-los.
Desabotoa os botões da tua blusa pra que eu possa ver teus seios.
Desabotoa teu peito pra que eu possa ter teu coração.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sonhos e Sol

Há uma casinha ardendo em sonhos e sol... Você a reconhecerá pela estante entulhada de livros, pelo violão no sofá e pela pilha de CD’s e DVD’s ao lado de uma pequena coleção de discos. O som do piano invade a sala, o terraço... Invade o coração sem pedir licença. E um violino em algum canto da casa arranha uma canção (antiga, mas sempre bela) de amor.
Nessa casa, há planos que ultrapassam o teto... Há um tantão de poesias deixadas na escrivaninha... E pela janela, ouve-se o som gostoso da risada das meninas.
Se um dia a gente se desencontrar, me procure por lá. Até quando meu peito suportar, vou te esperar. Vou te esperar.