domingo, 28 de fevereiro de 2010

A cada semana


Cada semana um encontro
E em cada encontro um agrado
Em cada agrado, um pequeno gesto encerrado
(E em cada pequeno gesto mora um grande significado)

A cada semana um encontro
E em cada encontro uma rosa
E a cada rosa, um sorriso
(E num sorriso o aroma suave de mil rosas)

Cada semana te encontro
E em cada encontro, te descubro
E a cada descoberta, um novo sentimento
(Ou o veho sentimento inventando um novo jeito de ser)

Em cada semana, um encontro
E em cada encontro nos verso
E cada verso nos veste
Da poesia soprada pelos beijos de outrora...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sentimento, amor.


Tuas mãos entrelaçavam as minhas com tanta força
que a partir dali, eu tive medo de te perder a qualquer momento.
Eu sentia o meu peito bater cada vez mais forte...
Eu sentia o meu peito cada vez mais forte
Que indomável a mim, e como parte de mim, já não era mais dono de si mesmo.
Já não era mais dono de si. Como a mim, que já não tinha mais razão de ser.
Eu era teu! Eu era teu! e a partir dali, não cabia mais a mim
a razão de minha existência. Mas cabia a ti defini-la!
Eu existia no mundo porque você existia em meu peito
E insistia docemente num sorriso claro
que era você, que era você, que era você que eu amaria pra sempre.
Como se soubesse desde o início que o meu lugar era ao lado teu. Ao lado teu!
Me diz... Me diz,
que é você que eu amo, que é você que eu amo. Me diz
Não cala nada. Não fala nada. Já não se esqueça de contar
Pois você sabe, e eu sei, meu peito sabe
Desse nosso amor! – desse teu amor. – desse meu amor.

P.S.: Feliz dia 26, amor.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Desejos

Eu quero a incerteza de teus dias confusos e a tua presença em certas noites insones...
Quero a avidez que às vezes leio em teus olhos e a marotice tranqüila que vejo em ti quando sorri...
Eu quero ser a matéria-bruta de teus versos e quero saboreá-los como a um fruto proibido (total e avidamente)...
Quero me ocupar de tua monotonia e fazer do teu nada o meu tudo, e do teu impossível um desafio meu a cada dia...
Eu quero roubar tuas palavras à toa, juntá-las em uma rima e declamá-las para quem não souber o que é amar...
Quero descobrir tuas facetas guardadas, quero despir tuas amarras e mergulhar em tuas águas mais profundas, em teus “eus” ainda não versados...
Eu quero o gosto forte de teus lábios e quero deixar neles a fome e a paixão dos meus...
Quero sorrir de tuas tolices e falar coisas que para os outros parecerão bregas e para mim serão apenas óbvias...
Eu quero conhecer tua prece mais fervorosa e acompanhar e entender, o teu sagrado e o teu profano...
Quero o “encanto de tua garganta”, quero tua poesia mais silenciosa e tua verdade mais gritante...
Eu quero tua lucidez quase louca, quero “a lembrança do que você foi e aquilo que ainda nem sabe”...
Eu quero ser teu abrigo e teu descanso, e estar contigo, falante ou mudo...
Eu quero ouvir trechos de tuas canções preferidas e te encontrar lá, encontrar o local onde tua inspiração mora e onde bebe teu espírito...
Quero sentir em mim a erupção de tua alma, a ebulição de teu sangue e escutar com cuidado o descompasso de teu coração...
Eu quero cuidar do “menino levado”, levado nas asas de um verso...
E quero entregar a ele meus sentimentos puros em prosa, em toque e em verso.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nada é mais sexy que uma velha máquina de escrever...


O nome em si já é bem atraente. A palavra máquina traz uma certa importância consigo e o verbo no infinitivo acompanhando passa uma idéia de fantasia... Como se a máquina fosse de fato responsável pelo escrever.
A beleza para mim? Bem, é um pouco óbvia. Escrever para mim é um ato de amor. Olhando assim, minha primeira vez foi com a máquina de escrever... Estranho? A questão é que a máquina é a companheira perfeita para um escritor: rústica, manual, barulhenta e repleta de subjetividade.
Sim, eu lembro bem. Eu sentava em frente à velha máquina de escrever do meu pai, pondo folha após folha, escrevendo frases aleatórias. Era um deleite. Se eu fosse adolescente, teria sido erótico. Mas eu ainda era uma criança e aquilo me divertia de forma inocente. Fazia com que eu me sentisse importante. E aos poucos, no meu raciocínio doce de menina, eu fui percebendo que o simples ato de escrever aquelas bobagens preenchia algo em mim.
Tinha esquecido, até poucos minutos atrás, o que havia suscitado essa minha paixão por escrever. Agora lembro: foi ela, a velha máquina de escrever do meu pai. O nome usado deveria ser “máquina de fazer escrever”. Foi o que ela fez comigo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Morena


Morena, ah minha morena,
Me dá um beijo!
Me dá um beijo!
Que eu to morrendo de saudades de'ocê.

Vem cá minha morena! Pra cá minha morena!
Que eu hoje to com saudades!
Que eu hoje to com saudades!
E essa saudade é você!

Deixa eu dizer, minha morena...
Deixa eu dizer, minha morena...
Que hoje a saudade é demais! E
Que o homem que eu sou, é metade você.

(E é a sua metade em mim que me torna completo.)

Ah, minha morena...
Ah, minha morena...
Deixa eu dizer...
Que o verso que sou, eu fiz pra você.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A resposta

Ele me perguntou o que eu sentia. Eu respondi rápido, mas depois fiquei pensando na pergunta... E questionei a mim mesma:
"O que eu sinto por ele?"
Sim, o que eu sinto? Eu diria que é uma mistura, um todo excitante de paixão, forte admiração, amizade, parceria e amor, muito amor... Uma mistura que parece entrar em ebulição sempre que ele está por perto.
Sim e um desejo, permanente e gritante, de fazê-lo feliz, de curar suas mágoas do passado e aliviar as dores de agora, um desejo enorme e constante de confortá-lo e trazer a ele paz de espírito, uma vontade louca de ver aquele sorriso dançando em seu rosto e aqueles olhos brilhando como eu tanto gosto...
Tentando expressar com palavras, é isso que eu sinto. E é nesse tipo de sentimento que eu deposito minha fé!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Simplesmente amar


Amor sincero em cada frase rouca dita ao pé do ouvido...
Amor profundo em seu sorriso quente, em seu olhar macio...
Amor louco no apertar voraz, na volúpia do beijo...
Amor puro no mais leve roçar, no mais doce ensejo...