sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O navegante, o navegar



Me sinto só!
Dói confessar isto.
Mas é esta minha única verdade.
A única.

O que minha vista alcança com estas lentes,
Que pouco a pouco (lentamente) se desgasta,
É um ínfimo sentimento de prazer,
Que jaz

E me traz agonia.

Navego, hoje, em mares nunca dantes navegados,
E em paragens em mim desconhecidas.
Para onde vou, pergunto.
E o coração surpreende

Estrangula-me em aperto.

E sinto vontade de chorar.