sábado, 2 de junho de 2012

A chuva e dança, saudade de minha infância


Se há uma coisa da qual sinto saudades,
Nos dias de melancolia,
É da chuva.
Mais especificamente, de dançar na chuva.

Sinto saudades de correr,
De braços abertos,
Com os moleques e meninas de minha infância,
Que desconheciam a tristeza de um bairro pobre.

Ah, se vocês soubessem como eu sinto saudades disto.

Lembro-me de chutar poças de água,
Às quais encontrava no caminho.
E tarde da noite, quando não do grito de meus pais,
Voltava pra casa, todo sujo de lama.

Depois de um tempo,
Que não demorou muito,
Fui proibido pelos meus pais de sair de casa, quando chuva.
Nem é preciso dizer que fora uma tortura para mim.

Até que um dia eu cresci. Claro,
Ainda ouvindo de minha mãe, não mais do meu pai,
A restrição de não mais sair, quando chuva,
Mas era tarde demais, eu dizia.

Pois agora adulto eu era 1/bilionésimo dono do meu destino.

Infelizmente, já não tinha mais graça sair de casa neste tempo.
Pois eu não mais via os moleques e as meninas de minha infância,
Mas adolescentes como eu, alguns já adultos.
E eu morria de vergonha de chutar poças de água.

Daí, então,
Resolvi olhar os que agora
Chutam as poças,
Da minha janela. 

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