Eu me repito sempre.
Mais que isso: eu me
insisto, numa ânsia visceral de me fazer existir...
Como o bem-te-vi que anuncia seu
nome,
proclamando seu ser
contra o céu.
Eu
me repito sempre,
feito
um mantra ou algum refrão,
redescoberto
a cada vez que se canta a canção.
Eu me repito em
prosa, em verso e em papos por telefone...
Me repito em gritos, sussurros
e no silêncio de me saber só.
Me reitero, persisto,
persigo o sentido
daquilo que ecoa aqui
– dentro de mim, dentro de mim.