A cortina aberta
revela um outro mundo...
Uma outra sede, que
não é nossa, mas que sentimos...
Uma outra ferida, que
não a nossa, mas que nos sangra...
Um outro jeito de
doer, de sentir fome...
Outra maneira de
arder e sentir frio...
E a violência nos
atinge, mesmo incólumes
E o aperto nos
excita, mesmo alheio...
E ficamos presos numa
estranha liberdade
de poder partir
quando quiser, mas não ir embora...
E nos livramos, por alguns instantes, de
nossas próprias dores,
que só cessam quanto
tudo cessa,
quando tudo se reduz
a nada mais.
A cortina aberta
revela outro mundo,
outro modo de
assistir à nossa vida.
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