É difícil
precisar com toda a certeza
o que o meu
coração sente.
Meu coração
já não tem mais braça pra essa maré
e, com
certeza, todo ato de fé é uma ação vã.
Da portinhola
de minha casa
vejo um
céu-grafite esmorecer em lágrimas.
Caem gotas na
alameda de minha porta.
Mas não há
ninguém, além de mim, são.
Aqui acolá,
alguém que
não reconheço,
sôfrega ensopado.
E eu desato
a rir de tal situação.
Fecho a
portinhola.
Descalço as
alparcatas.
Deito na
cama.
Ligo a
televisão.
E não há
mais nada de interessante que eu me lembre de fazer depois.
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(Imagem: http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=pt-BR&biw=1366&bih=600&tbm=isch&tbnid=nmQP5POYjxPsCM:&imgrefurl=http://pt.gdefon.com/download/foto_chuva_vidro_janela_gotas_cor_bokeh_humor_foto/317515/2560x1660&docid=V0kVabL4f2iOsM&imgurl=http://st.gdefon.ru/wallpapers_original/wallpapers/317515_foto_dozhd_steklo_okno_kapli_cveta_boke_nastroenie_2560x1660_(www.GdeFon.ru).jpg&w=2560&h=1660&ei=dkNOUbOXEOP00gG51YG4Cw&zoom=1&ved=1t:3588,r:60,s:0,i:267&iact=rc&dur=1580&page=4&tbnh=171&tbnw=261&start=50&ndsp=21&tx=96&ty=77)