terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Notas de um compositor

Sofia apareceu-me de repente e do nada, como um sonho. Pediu-me uma canção. Eu dei os únicos versos que tinha. Ela os fez vibrar em uma melodia triste... Chorei ao escutar minha tristeza ressoando em sua voz. Foi bonito. As pessoas que nos viam pensavam que éramos uma dupla... Creio que éramos mais: éramos um corpo. Eu era o pensamento, ela, o gesto. Eu era a ideia que ela fazia ação. Eu sonhava febril... E ela acordava, vibrante, meu sonhos. Eu criava, ela erguia. Imaginava e ela vivia. Eu era o desejo, a vontade... E ela, a melodia, esperando que a tocasse.


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