No início era o
verbo “Sou.”
Seco,
irrefletido, sem explicação que lhe coubesse
Depois impuseram
o verbo “És!”
E passei a
enxergar-me à imagem e semelhança dos outros,
Sem compreender
o limite entre o que eu “era” e o que “éramos”
O tempo gestou a
incômoda pergunta “Serei?”
E percebi que
essa indagação seria uma sombra enquanto eu fosse...
Hoje, pouco mais
conformada, pouco menos sensata,
Já não questiono
a pessoa ou os números do futuro
Caminho, entre
arrependida e aliviada, para o inescapável e eterno “Foi...”
Um comentário:
Sem dúvidas o texto do Exã mais filosófico que já li. Nos últimos tempos tenho gostado muito do que leio aqui Beatrice e Ismael. Continuemos nesse diário exercício de auto descoberta por meio da escrita.
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