quarta-feira, 25 de julho de 2012

Multidão de uma só


Revirando-se sob o mesmo nome,
sob a mesma casca de homem,
mora em mim uma multidão:

Crentes, pagãos,
juízes e condenados.
Putas, beatas,
populares e solitários.

Cada qual reivindicando um gesto que seja seu,
uma linha torta para declarar “sou eu”.

Um comentário:

José Luis Guimarães disse...

A Beatrice, nos últimos tempos, tem conversado com os Deuses da poesia. Ela só anda escrevendo coisa linda. Outro belíssimo texto. Parabéns!