sábado, 25 de fevereiro de 2012

Solidão

Silêncio no portão de casa. Na calçada. Na rua. Na parada de ônibus. No próprio ônibus. Na entrada do trabalho, um “como vai” desinteressado. Uma mensagem de quem nunca mais encontramos – uma alegria em silêncio. É noite. Um “até amanhã” corta o silêncio. Mas o outro já foi, antes que se dê a resposta. De novo, silêncio na parada. No ônibus. No caminho de casa, apenas o barulho dos próprios passos. Em casa, as crianças assistem à TV em silêncio. Silêncio no quarto... Pela janela, luzes, barulho, risadas... A cidade é uma espécie de solidão acompanhada.

Um comentário:

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa noite.

Isso mesmo...
É o silêncio em meio à multidões, gerando solidão.

Um grande abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)