... Já dizia a música. E eu acredito nisso: é preciso paixão!
Paixão pela vida que pulsa a seu redor e entope suas veias. Paixão pelas mil e uma possibilidades que o novo dia traz. E paixão, paixão extrema, pelo caminho que você decidiu seguir.
Sim, é preciso paixão. Não uma paixonite qualquer... Paixão! A paixão louca de adolescente que parece matar, que parece morrer, mas que é capaz de ressuscitar no instante seguinte. Não a paixão doentia... A paixão alegre que te traz pra cima e te fortalece.
É dessa paixão que todo mundo precisa. A paixão fogosa, gulosa e interminável. Paixão pelos amigos e até mesmo pelos inimigos, aqueles que te fazem repensar quem você é. Paixão pelos conhecidos, mas também por aquele senhor enigmático que atravessa a rua neste momento... Por que não?
Paixão sim... Desmesurada? Pode ser. Mas paixão verdadeira. Paixão sincera pelos erros que você cometeu, os que te trouxeram até aqui. Paixão por tantas desilusões que você já sofreu que, mais do que dor, te trouxeram poder de fogo...
Você precisa de mais paixão, sempre mais. Paixão pela carreira, por seus sonhos. Paixão pelo desconhecido, pelo não-tentado... Paixões como essas só lhe farão bem.
Ah! Paixão de poeta: cantada, versada, mas ainda sim inenarrável. É desse tipo de paixão que seu olhar precisa. Paixão febril, luxuriosa, eufórica.
Permita-se invadir! Deixe-se levar! Sinta! Sinta esse movimento, esse frenesi. Sinta esse amor desordenado... Sinta essa paixão.
Estamos quase sempre pedindo alguma coisa aos céus. Desejando uma certa graça. Esperando uma dada oportunidade. Sonhando com aqueeele momento. Mil e uma vontades a serem realizadas, mas no meio destas, quantos agradecimentos? Quantos “muito obrigada” pelo hoje, pelo presente, por aquilo que se tem nas mãos? Sempre insatisfeitos, sempre querendo mais. Acomodar-se? Nunca. Mas é preciso agradecer. E são tantas coisas para agradecer quando você para pra olhar. Coisas que podem até parecer pequenas ou corriqueiras, mas que na verdade, se você prestar atenção, formam sua vida. Seu mundo. Seu eu.
Não espere ficar sozinho para agradecer a presença de seus amigos. Não espere ficar doente para agradecer sua boa saúde. Não espere sentir fome para agradecer seu prato de cada dia. Não espere o sofrimento para agradecer sua paz de espírito. Não é preciso perder para saber o valor das coisas. Basta olhar com cuidado, sentir com o coração, com a alma e você verá como ama seus amigos, como você se sente bem de saúde, como come bem ou como está em paz com o mundo. A resposta não está em um suposto futuro, nem em uma sonhada oferta de emprego, nem em uma determinada pessoa, seja ela quem for... A resposta para todas as suas perguntas está sempre com você. Viver é a resposta.
E não esqueça de agradecer. E eu queria aproveitar o ensejo para agradecer por este espaço, pela oportunidade de me expressar através dele. Agradecer à pessoa que resolveu dividir seu coração de tinta comigo. Ao poeta que tanto me encanta, ao amigo que tantas vezes me escuta, ao companheiro que faz segura a seu lado, ao garoto que me faz tão alegre e ao homem que me faz tão feliz. Muito obrigada, Ismael. Nem mil posts seriam o bastante para agradecer a sua presença adocicada na minha vida. E obrigada também a todos que leram estas palavras. Nunca esqueçam de agradecer.
Há quem goste de ver o pôr-do-sol! Há quem diga que saudade é partida, e teu gosto é mel! Que o tédio é filha do domingo, e que a matemática não é chata(!). Há quem diga que amar é tudo ou perca de tempo! Haverá quem viva um dia! e outro a eternidade! Um alguém que viverá do medo! ...ou de um sonho(!). Haverá a dor da perca... mas será saudade! ... a armadura, que esconderá a lágrima que é nobre Os devaneios de inocência e vaidade. Haverá pecado... fogo na aldeia... dia da bandeira! Para alguns... o mistério, não trará tesão! Para alguns, não passará de um dia normal. E para outros... a revolução!(.) E nesse dia... o homem não terá medo da vida! O poeta da amante! Não haverá o 1°, nem o único. Mas o todo!(.) Comemoraremos a morte dos que foram Nosso Deus não será temido, mas amado! E Jesus será o sorriso dos que amamos(!). E assim um dia, (quando) desejar teu sexo não será vergonha... Serei o amado. Sereia amante e grande amor! ... A amante não será a outra... mas a amada!(.) Nossos sonhos não serão mais utopia! Nossas mãos não serão mais dois estranhos. E a vida será a ventura de viver... sem medo!
Que o amor me seja a bandeira de uma revolução branda. E que caiba a mim – e somente a mim – amá-la perdidamente. E assim, quando mais tarde me procure... que eu seja um sorriso gentil, e lhe roube o sorriso mais sincero.
Que a paz que eu procuro, se reflita no olhar de quem amo. Nos versos que eu leio. No irmão que abraço. E que seja feliz, aquele que canta! Que grita! Mesmo que seja o mais desafinado.
Que caiba ao coração, o que não cabe. O pulso, a dor, o amor e o medo. Que caiba ao coração, nossos segredos. Que caiba ao coração, a esperança.
Que os sonhos, não acabem como uma boa noite de sono. Mas que nos inspirem a fazer o impossível. E se possível, voar, como o fez Santos Dumont.
Que os partidos, partindo, partam pra Marte. E que se percam a navegar em concordatas. Afinal, o único partido que deveria existir é o amor. Em todos os tempos gramaticais. Semanticamente corretos ou não. Pois só o amor, sabe o que é verdade. Ainda que eu falasse uma língua ou não.
Que aos namorados... Bom, aos namorados... desejo o mais puro desejo! Os sonetos! As trovinhas! Os braços e seus laços! As canções de amor! E as mãos, a sutil diferença pra não se acorrentar uma alma. – como disse Shakespeare.
À pele. Ao credo. A fé afã, eu só exijo respeito. Ser diferente, não é ser pior nem ser melhor do que ninguém. É a penas ser livre! ... e ser livre é bom!
E ao amor... Bom... ao amor, a força que procuro. A sensibilidade que preciso. A paz que tanto quero. A calma que tanto espero. Afinal, nada melhor do que navegar em águas mansas.
E os sentimentos, sejam crus e óbvios. E eu te ame para todo o sempre.
E por fim, me seja sábio esperar o tempo que for preciso, mesmo que pareça em vão. Pois o coração... Esse um só... É um presente teu!
O primeiro contato que eu tive com a poesia de Pablo Neruda foi assistindo a um filme,“O carteiro e o poeta”, que minha irmã encontrou perdido entre outros títulos antigos numa locadora perto de casa. É uma história bonita e incrivelmente carismática: trata da amizade de Neruda com um carteiro que aprende com ele sobre poesia e mulheres. No filme, Neruda ensina Mario, o carteiro, a entender suas metáforas e a fazer ele mesmo versos que ele utiliza para conquistar a amada (que por um acaso se chama Beatrice =)!). Em um dado momento do filme, a mãe de Beatrice encontra um poema de Mario para a filha e diz a ela que prefere que ela seja assediada pelos clientes do bar em que ela trabalha do que “enfeitiçada por metáforas de um poeta”. De certa forma a velha tinha razão porque aquelas palavras tinham o poder de tocá-la mais intimamente que a mão boba de qualquer bêbado. “O carteiro e o poeta” fala do ato de escrever, porém, mais do que isso, fala sobre a poesia que pode não estar escrita, mas que vive nas pessoas, no mar, nas árvores, no vento... Poesia não é só o que se lê, mas é principalmente o que se sente. Assistindo eu tive interesse em ler mais de Neruda e pude ver que ele foi um mestre em escrever versos que mexem com os sentidos, com a percepção do leitor. Os poemas dele têm um sabor de maresia, sopram como a brisa de uma praia calma, e tocam como o carinho da pessoa amada. (Sem falar que além de mestre na escrita, ele foi senador, embaixador, e mais tarde se tornou um revolucionário na Espanha e na América Latina o/ Como ele mesmo disse na autobiografia “Confesso que vivi”. E como viveu!)
Por último, um poema para sentir a poesia de Neruda:
Clarice Lispector diz isso no livro Água Viva. Quando eu li essa frase eu tive uma sensação estranha de familiaridade, porque na verdade foi isso que eu sempre quis desde que eu escrevi pela primeira vez. Essa era minha vontade e continua sendo. Vontade de transformar os pensamentos, loucuras, sensações, momentos, tudo em algo palpável e inteligível. Vontade de transmitir o que eu sentia para outras pessoas que talvez eu nem chegasse a conhecer, mas que me conheceriam de alguma forma. O que eu acho é que isso pode ser feito num blog. É um espaço em que dá pra despejar sensações do dia-a-dia, compartilhar interesses e opiniões e desabafar mesmo aqueles pensamentos mais velozes. É uma maneira de escrever movimento e movimento puro, no momento em que ele acontece, sem filtrar nada. E agora que eu recebi o convite de fazer esse blog junto com uma pessoa extremamente e intensamente especial para mim acho que era impossível eu recusar. Eu agradeço a quem leu esse pequeno fragmento do meu coraçãozinho de tinta. E espero que eu consiga de fato escrever movimento puro nesse blog.
O Blog é uma oportunidade. A minha oportunidade de escrever e me apaixonar pelas letras - que escrevo, leio e sinto. A minha oportunidade de me apaixonar por pessoas que estão aqui por perto, ou que não existem, ou que estão a quilômetros de distância de mim - mas unidos por essa ponte virtual chamada blog. E me apaixonar cada vez mais! Cada vez mais pela menina chamada Beatrice. Essa menina mulher. Essa linda mulher. Danada mulher. Sincera amada.
Esse blog surgiu da minha necessidade de comunicação. A minha necessidade de comunicação. A minha necessidade de comunicar sentimentos. Palavras parecem custar caro as vezes. E é justo tentar atentar o público leitor. Espécie rara ultimamente.
Beatrice, sem dúvida, é culpada por esse blog. E o coração de tinta é dela. Mesmo que ela não o tenha feito, sem dúvida, o coração fora feito para ela. Como será para cada um que seguir este blog.
Cativar... Dividir... e Amar... Nunca substituir, mas somar. Esse é o meu sonho. E blog blog blog blog blog, vamos blogar. Então vamos blogar - risos. Será que é correto escrever assim?
E você... Bom, você... Seja bem vindo a minha aventura. A minha aventura. A ventura de ser o que sou. A minha aventura de ser o que sou: um escritor. Hoje sobre o juízo de quem lê. De quem crê... e acredita. Você!