domingo, 31 de janeiro de 2010
Poesia em silêncio
Você não vê?
Minha alma corroída pelo medo?
Minha boca já dormente de desejo?
Minhas veias entupidas de veneno?
Você não ouve?
Os meus nervos trabalhando sem descanso?
O meu peito sufocado já gritando?
E a inspiração soprando versos em meu cabelo?
Você não sente?
A ternura desses dia tão intensos?
A loucura nesses beijos tão imensos?
E a poesia declamada em silêncio?
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Há um mês atrás...
Um poema mais que sincero de amor... (Ismael)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Zodíaco
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
"Só sei que é preciso paixão"
Paixão pela vida que pulsa a seu redor e entope suas veias. Paixão pelas mil e uma possibilidades que o novo dia traz. E paixão, paixão extrema, pelo caminho que você decidiu seguir.
Sim, é preciso paixão. Não uma paixonite qualquer... Paixão! A paixão louca de adolescente que parece matar, que parece morrer, mas que é capaz de ressuscitar no instante seguinte. Não a paixão doentia... A paixão alegre que te traz pra cima e te fortalece.
É dessa paixão que todo mundo precisa. A paixão fogosa, gulosa e interminável. Paixão pelos amigos e até mesmo pelos inimigos, aqueles que te fazem repensar quem você é. Paixão pelos conhecidos, mas também por aquele senhor enigmático que atravessa a rua neste momento... Por que não?
Paixão sim... Desmesurada? Pode ser. Mas paixão verdadeira. Paixão sincera pelos erros que você cometeu, os que te trouxeram até aqui. Paixão por tantas desilusões que você já sofreu que, mais do que dor, te trouxeram poder de fogo...
Você precisa de mais paixão, sempre mais. Paixão pela carreira, por seus sonhos. Paixão pelo desconhecido, pelo não-tentado... Paixões como essas só lhe farão bem.
Ah! Paixão de poeta: cantada, versada, mas ainda sim inenarrável. É desse tipo de paixão que seu olhar precisa. Paixão febril, luxuriosa, eufórica.
Permita-se invadir! Deixe-se levar! Sinta! Sinta esse movimento, esse frenesi. Sinta esse amor desordenado... Sinta essa paixão.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Hoje Quando For Dormir...
"Jogue suas mãos para o céu e agradeça..."
Não espere ficar sozinho para agradecer a presença de seus amigos. Não espere ficar doente para agradecer sua boa saúde. Não espere sentir fome para agradecer seu prato de cada dia. Não espere o sofrimento para agradecer sua paz de espírito. Não é preciso perder para saber o valor das coisas. Basta olhar com cuidado, sentir com o coração, com a alma e você verá como ama seus amigos, como você se sente bem de saúde, como come bem ou como está em paz com o mundo. A resposta não está em um suposto futuro, nem em uma sonhada oferta de emprego, nem em uma determinada pessoa, seja ela quem for... A resposta para todas as suas perguntas está sempre com você. Viver é a resposta.
E não esqueça de agradecer. E eu queria aproveitar o ensejo para agradecer por este espaço, pela oportunidade de me expressar através dele. Agradecer à pessoa que resolveu dividir seu coração de tinta comigo. Ao poeta que tanto me encanta, ao amigo que tantas vezes me escuta, ao companheiro que faz segura a seu lado, ao garoto que me faz tão alegre e ao homem que me faz tão feliz. Muito obrigada, Ismael. Nem mil posts seriam o bastante para agradecer a sua presença adocicada na minha vida. E obrigada também a todos que leram estas palavras. Nunca esqueçam de agradecer.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Três Pontos (...)
Há quem goste de ver o pôr-do-sol!
Há quem diga que saudade é partida, e teu gosto é mel!
Que o tédio é filha do domingo,
e que a matemática não é chata(!).
Há quem diga que amar é tudo ou perca de tempo!
Haverá quem viva um dia! e outro a eternidade!
Um alguém que viverá do medo! ...ou de um sonho(!).
Haverá a dor da perca... mas será saudade!
... a armadura, que esconderá a lágrima que é nobre
Os devaneios de inocência e vaidade.
Haverá pecado... fogo na aldeia... dia da bandeira!
Para alguns... o mistério, não trará tesão!
Para alguns, não passará de um dia normal.
E para outros... a revolução!(.)
E nesse dia...
o homem não terá medo da vida! O poeta da amante!
Não haverá o 1°, nem o único. Mas o todo!(.)
Comemoraremos a morte dos que foram
Nosso Deus não será temido, mas amado!
E Jesus será o sorriso dos que amamos(!).
E assim um dia,
(quando) desejar teu sexo não será vergonha...
Serei o amado. Sereia amante e grande amor!
... A amante não será a outra... mas a amada!(.)
Nossos sonhos não serão mais utopia!
Nossas mãos não serão mais dois estranhos.
E a vida será a ventura de viver... sem medo!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Bandeira
Que a paz que eu procuro, se reflita no olhar de quem amo. Nos versos que eu leio. No irmão que abraço. E que seja feliz, aquele que canta! Que grita! Mesmo que seja o mais desafinado.
Que caiba ao coração, o que não cabe. O pulso, a dor, o amor e o medo. Que caiba ao coração, nossos segredos. Que caiba ao coração, a esperança.
Que os sonhos, não acabem como uma boa noite de sono. Mas que nos inspirem a fazer o impossível. E se possível, voar, como o fez Santos Dumont.
Que os partidos, partindo, partam pra Marte. E que se percam a navegar em concordatas. Afinal, o único partido que deveria existir é o amor. Em todos os tempos gramaticais. Semanticamente corretos ou não. Pois só o amor, sabe o que é verdade. Ainda que eu falasse uma língua ou não.
Que aos namorados... Bom, aos namorados... desejo o mais puro desejo! Os sonetos! As trovinhas! Os braços e seus laços! As canções de amor!
E as mãos, a sutil diferença pra não se acorrentar uma alma. – como disse Shakespeare.
À pele. Ao credo. A fé afã, eu só exijo respeito.
Ser diferente, não é ser pior nem ser melhor do que ninguém. É a penas ser livre!
... e ser livre é bom!
E ao amor...
Bom... ao amor, a força que procuro. A sensibilidade que preciso. A paz que tanto quero. A calma que tanto espero. Afinal, nada melhor do que navegar em águas mansas.
E os sentimentos, sejam crus e óbvios. E eu te ame para todo o sempre.
E por fim,
me seja sábio esperar o tempo que for preciso,
mesmo que pareça em vão.
Pois o coração... Esse um só... É um presente teu!
domingo, 10 de janeiro de 2010
A blogueira e o poeta
Em um dado momento do filme, a mãe de Beatrice encontra um poema de Mario para a filha e diz a ela que prefere que ela seja assediada pelos clientes do bar em que ela trabalha do que “enfeitiçada por metáforas de um poeta”. De certa forma a velha tinha razão porque aquelas palavras tinham o poder de tocá-la mais intimamente que a mão boba de qualquer bêbado.
“O carteiro e o poeta” fala do ato de escrever, porém, mais do que isso, fala sobre a poesia que pode não estar escrita, mas que vive nas pessoas, no mar, nas árvores, no vento... Poesia não é só o que se lê, mas é principalmente o que se sente.
Assistindo eu tive interesse em ler mais de Neruda e pude ver que ele foi um mestre em escrever versos que mexem com os sentidos, com a percepção do leitor. Os poemas dele têm um sabor de maresia, sopram como a brisa de uma praia calma, e tocam como o carinho da pessoa amada.
(Sem falar que além de mestre na escrita, ele foi senador, embaixador, e mais tarde se tornou um revolucionário na Espanha e na América Latina o/ Como ele mesmo disse na autobiografia “Confesso que vivi”. E como viveu!)
Por último, um poema para sentir a poesia de Neruda:
Me esconde em teus braços
Escuta como o vento
Com tua frente a minha frente,
Deixa que o vento corra
Descansarei, amor meu.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
"Quero escrever movimento puro"
O que eu acho é que isso pode ser feito num blog. É um espaço em que dá pra despejar sensações do dia-a-dia, compartilhar interesses e opiniões e desabafar mesmo aqueles pensamentos mais velozes. É uma maneira de escrever movimento e movimento puro, no momento em que ele acontece, sem filtrar nada.
E agora que eu recebi o convite de fazer esse blog junto com uma pessoa extremamente e intensamente especial para mim acho que era impossível eu recusar. Eu agradeço a quem leu esse pequeno fragmento do meu coraçãozinho de tinta. E espero que eu consiga de fato escrever movimento puro nesse blog.