sábado, 3 de abril de 2010

Quimera

Carregava em uma duas mãos uma flor...

Havia mais pedras no caminho do que na última vez

Pobre mulher, Há quem caberia o seu destino?


Carregava em sua outra mão um rosário

Suas mãos sangravam mais do que o de costume

Mas não havia ferida por dentro

Tinha ela a certeza de que tudo valeria a pena

Valeu.


Andava sem rumo, mas havia um rumo a andar

E os seus passos ritmados perdiam o fôlego

Uma hora haveria de parar, mas ela não parava

Ela não parava. Ela não cansava. Seguia em frente

O seu destino não cabia na palma de suas mãos,

Mas a sua fé lhe dava algo em que acreditar


Pobre mulher...


Um comentário:

Beatrice Monteiro disse...

Sou uma grande fã desse texto... Da tua iniciativa em fazê-lo e da forma como tudo foi dito.