quinta-feira, 18 de março de 2010

De uma irmã caçula e coruja!

Queria usar este post para demonstrar um pouco da admiração que sinto e muitas vezes calo por alguém que me comove, que muitas vezes me irrita, mas que também me faz esquecer de tudo logo depois... Alguém que eu admiro por aquilo que é e não só pelo fato de carregar meu sangue e meu sobrenome. Meu irmão, Ciro do Nascimento Monteiro (o único de nós que tem "do" no nome.... O diferenciado! ahaha).
Hoje estava lendo textos do meu irmão e... Nossa! Levei um susto! Cadê aquele rapaz que perguntava minha opinião sobre suas poesias? É, agora eu sei porque ele não pede mais minha opinião. Agora ele é o mestre... u.u!! Sério, a poesia social do Ciro me impressiona e me faz pensar, sentir um pouco do sentimento dele ao pôr pra fora, em palavras, o que o fazia refletir.
Ciro como na música "anda pelo mundo prestando atenção em cores que não sabe o nome", mas acho que mais que cores, ele presta atenção em vidas. Vidas que as pessoas esquecem, fazem questão de não saber o nome. Essas andanças pelo mundo resultaram em vários (belos) textos. E aqui vou expôr aquele me tocou mais fundo:


"Lá longe, na paisagem da janela do ônibus, uma estradinha modesta esconde, um diversificado mundo de pessoas e sonhos. As faces risonhas, por vezes abatidas, marcadas pela grande ferida, que separa o povo da terra, lutam para permanecer nela, sozinhos ou unidos, ungidos de grande bravura, resistem na vida dura, tentando tirar dela a fartura prometida. Nunca subestimem uma estradinha de barro perdida no meio da estrada, ela pode levar a tantas casas, onde você poderia ter nascido, dado um 'chero' em sua mãe e um abraço no seu irmão. Nesse mundo são tantas estradas, que desembocam em tantos mundos, que guardam o segredo mais profundo, as mãos que matam a fome do mundo que acha que comida brota no supermercado. A essas mulheres e homens, crianças e velhos, os meus agradecimentos mais sinceros."